segunda-feira, 23 de julho de 2007
sempre frio esse fogo que trago nas mãos para te oferecer


Foto por : Lylia Violet


Ponta da Piedade - Lagos


 


 


 


"I just miss you - it's the nights that I go insane"


 


 


 


sempre frio esse fogo que trago nas mãos para te oferecer
Ainda tenho o teu cheiro pela casa - estás vivo


Vivo como as ilusões que criei de ti - ainda presentes
As nuvens rasgadas que pairam pelo tecto do nosso cérebro
os olhos enloquecidos tentam apanhar cada nota de música que voa no ar
negras pesadas são as mãos cravadas no carvão que queima
luz


( que luz? o que é a luz?)


Escuridão, bebida que sacia o sangue estancado por pétalas de pássaros raros...
Nas veias corre o doce líquido,ópio
as luzes fluorescentes bailam com o cheiro de corpos suados
enrolados numa folha da palmeira, que teima em ficar deitada no meio da sala


O líquido que escorre para a minha boca
é a tua alma que lentamente se esvai com a noite
A angústia que me enlaça
é a vela que passa
chama que se apaga...


 


 


 


 


Lylia Violet


 


 

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(...)

 

Foto tirada por: Lúcia

Modelo : Lúcia

 

 

 

 

(...)

Um nome persegue todas as noites o mesmo caminhar que a alma. Pássaro tatuado na alba, mãos que aprendem gestos para sobreviver.
Ergui quatro paredes nuas e dei refúgio à alma.
O corpo tornara-se demasiado grande, as veias apodreceram e apenas restava um fio de coerência. O único fio que sustinha a alma presa ao corpo.
Quarto paredes sufocantes, demasiado azuis como os olhos enormes que me perseguia nos sonhos de silêncio
                                  (...)

 

 

 

 

Lúcia Pereira

 
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irremediavelmente longe



Foto tirada por : Luís
Modelo: Eu


  Observo atentamente o espelho que reflete a minha imagem.
desfocada

conto cada lágrima que desce demoradamente
uma dor no peito sufoca-me
é doloroso respirar.

mas luto.
luto por uma inconstante caminhada,
pé ante pé
num fio de néon

balanço para a esquerda
ora para a direita
nunca estou completamente segura..


{"Tu a mim não desiludiste"
murmuras, baixinho, quase que não consigo te ouvir..
-A ti...ainda não...}


Navegadora da noite
muito perto da morte, caminho.
mergulhos constantes nos abismos da alma.

são oito horas da noite e alguns minutos
eu estou a flutuar irremediavelmente para longe.
o mundo parece despedaçar-se pelos oásis da minha loucura
este vácuo lento do tempo
começa a sugar o meu sangue,
deixando vazio a mente.

é-me desconhecida, por completo, a vida fora dos sonhos
e dos espelhos
onde brincavas com teias de delírios
com o sangue que escorria pela face

comemos a lucidez do asfalto
entramos no real


sei..eu sei que a mentira comanda o sonho
{mas é no sonho que te encontro}

Acordo...

Não semearei desgostos nem traições,por onde passar...



Lylia Violet
Aka
Eu, mesma



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Até quando?

 


 


 


Não escrevo a ninguém.


Por momentos, as letras não fluem, os sentimentos congelaram. Não sei o que é a raiva, o


amor, não sei o que é sentir, não sei o que saber.


 


'até quando poderei suportar a minha própria ausência?'


 


 


 


Beijo-vos*


 


Lúcia Pereira


Aka


Lylia Violet

 
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Voltarei*

 

 

Só parei mesmo para dar um beijinho a cada um de vocês.

 

Estou no trabalho de momento. Quando as coisas assentarem um pouquinho eu volto para partilhar as minhas letras*

 

 

 

Um beijo doce  e terno

 

Sempre vossa:

Lúcia

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Sem Título By Rose & Daylight Ghost








Ly



a manhã regressou
              [Daylight Ghost

acordei dentro do meu corpo
          [Rose

vazio pela exalação de sentimentos
        [Daylight Ghost

Eu não sabia ao certo se existia
     [Rose

as paredes alongavam-se em seu enleio
        [Daylight Ghost

sou um ser que está petrificado com a seiva que escorre das manhãs,
e por de trás deste corpo, as palavras são silêncios perdidos
que sílaba por sílaba enterram-se no corpo

sílabas que estão contaminadas com a luminosidade dos barcos adormecidos
nenhuma máscara consegue esconder o rosto magoado,
desfolham-se os dedos sempre que tento escavar as palavras até ao coração


A noite aproxima-se
A noite jorra silêncios, estrelas e mar
Olho-te a adormecer, teu rosto derramado sobre o meu ombro
                [Rose

e relembra:
dias em que deflorei suas costas
sucumbindo perante a audácia ardilosa dos sem-face
          [ Daylight Ghost

uma ave esquecida liquefaz-se na luminosidade do luar
e escorre pelo meu rosto, desce voando para os meus lábios
A noite magoa estes dois corpos esquecidos
de mim despeço-me
           [Rose


apesar de o fim há muito ter iniciado
a supremacia do liame esvaece,
logo seremos avantesmas esvoaçando
o limite imensurável do sonho suspenso


esse beijo desprezou o único momento existencialmente real
               [Daylight Ghost



Daylight Ghost & L.S.Rose


um recordar de palavras, depositadas a algum tempo.. saudade...



Beijos sempre vossos
Lylia Violet


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já já volto=)


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Protopoema
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Do novelo emaranhado da memória, da escuridão dos
nós cegos, puxo um fio que me aparece solto.
Devagar o liberto, de medo que se desfaça entre os
dedos.
É um fio longo, verde e azul, com cheiro de limos,
e tem a macieza quente do lodo vivo.
É um rio.
Corre-me nas mãos, agora molhadas.
Toda a água me passa entre as palmas abertas, e de
repente não sei se as águas nascem de mim, ou para
mim fluem.
Continuo a puxar, não já memória apenas, mas o
próprio corpo do rio.
Sobre a minha pele navegam barcos, e sou também os
barcos e o céu que os cobre e os altos choupos que
vagarosamente deslizam sobre a película luminosa
dos olhos.
Nadam-me peixes no sangue e oscilam entre duas
águas como os apelos imprecisos da memória.
Sinto a força dos braços e a vara que os prolonga.
Ao fundo do rio e de mim, desce como um lento e
firme pulsar do coração.
Agora o céu está mais perto e mudou de cor.
É todo ele verde e sonoro porque de ramo em ramo
acorda o canto das aves.
E quando num largo espaço o barco se detém, o meu
corpo despido brilha debaixo do sol, entre o
esplendor maior que acende a superfície das águas.
Aí se fundem numa só verdade as lembranças confusas
da memória e o vulto subitamente anunciado do
futuro.
Uma ave sem nome desce donde não sei e vai pousar
calada sobre a proa rigorosa do barco.
Imóvel, espero que toda a água se banhe de azul e que
as aves digam nos ramos por que são altos os
choupos e rumorosas as suas folhas.
Então, corpo de barco e de rio na dimensão do homem,
sigo adiante para o fulvo remanso que as espadas
verticais circundam.
Aí, três palmos enterrarei a minha vara até à pedra
viva.
Haverá o grande silêncio primordial quando as mãos se
juntarem às mãos.
Depois saberei tudo.
.
.
.
 José Saramago
(in PROVAVELMENTE ALEGRIA, Editorial CAMINHO, Lisboa, 1985, 3ª Edição)
.
.


Era so para actualizar o blog, peço-vos desculpa pela demora.. mas eu voltarei com mais calma

Isto de ter dois trabalhos é muito.. mas aos poucos eu voltarei
Beijos com promessa de um regresso em breve:)

Adoro-vos a todos

Beijos sempre vossos,
Lúcia

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VI

VI


Mais uma vez, oiço o sol a invadir o meu quarto, entrando pelos pequenos buracos corroídos pela saudade..


Encontro-me deitada, sem qualquer sentido de existência, totalmente embriagada pelas lágrimas que teimam em não parar..
Levanto-me;
Dirijo-me ao espelho, olho a rídicula figura de um corpo, de um objecto vazio, completamente ruído pela estupidez humana.



Visto-me..


Saio de casa... Percorro caminhos sem sentido.. Procuro
(não sei o que) mas procuro...
Ando pela cidade gasta pelas hipocrisias.. Caminho sobre as sombras arrepiantes, sinto-me a flutuar com a brisa gélida da manhã..

"Quero ver o mar"



Caminho como uma pequeno nada a flutuar pelo crepúsculo do dia.. O mar.. a água
cintilante.. o meu baú dos segredos...


O seu manto azul palpita sob o olhar atento de um sol prestes a nascer. Um silêncio quase excitante toma conta de mim e do nada em que me encontro..


Apenas vestida com um trapo aveludado, rasgado como a alma nua que anda perdida... Sento, espero, fico..



Fico imóvel e fico admirar o mar.. o dia passa lento como o lento morrer da minha alma...
Oiço a voz estonteante do luar a descer, retirando o lugar ao sol que aquecia e feria os meus olhos vácuos..


Ao longe, nas janelas vejo pessoas bordando pequenas chamas de velas, que põem à janela para iluminar as almas perdidas na noite
que se aproxima serena e sem melodia.
Casais apaixonados passeiam à beira mar, completamente extasiados pela paixão
         (ou fingem eles amar, procurando apenas o desejo,
            o prazer mutuo, ou apenas uma companhia para mais uma noite)..

Às vezes as gaivotas pousavam na água.. O sol cegava com o seus últimos raios e pequenos dardos de sangue da noite desciam do céu como pequenos pingentes de gelo que ao tocar na pele rasga, envenenando todo este objecto ambulante..



Mastigo pequenas pétalas, que me ferem o céu da boca...


A paisagem respira uma resplandecente calma..
o mar arrasta o meu corpo para longe de toda a civilização mesquinha e falsa...simplesmente envenenada...


Estou sentada.. oiço o desmoronar do dia... o sangue que me palpita nas veias.. não estou só, o mar é a minha alma.. a alma que julguei perdida..



A pouco e pouco habituei-me à solidão deste sem destino..
A fria brisa apagou a réstia de esperança de um amor impossível, o fogo deixou em cinza a esperança duma possível felicidade.
Espero com a gaivotas por uma brusca mudança de tempo ou regresso simplesmente ao que atrevo chamar de casa.





Em cada duna está gravado como um sussurro o teu nome..
Cada letra está marcada com pingos de sangue da eterna saudade de amar-te.


Balbucio uma melodia inaudível. Ao anoitecer lembro-me de ti. as estrelas que vão aparecendo magicamente são testemunhos de um canto outrora feliz.



Nada me ensinaram e no entanto aprendi a viver com este zumbido na alma..
Não tenho fome..


Mastigo os lírios que tinha preso aos pulsos.. Respiro a minha alma que é o mar imenso e abandonado...



Agora aquecida pelo lindo luar que brilha sobre o meu mar... o silêncio faz parte de mim, como eu faço parte do nada...


Regresso a "casa".. Deito-me, olho o tecto... recordo-me da última noite que senti o teu peso em cima de mim.. um corpo..
vazio, que me comia vorazmente... um corpo..


nada mais..



Ainda sinto a respiração ofegante na minha face.. a pele arranhada.. o teu cheiro.. o teu olhar que penetra no meu deixando um sabor a rosas murchas, podres..

Quando me possuías sem paixão nem magia.. desenhei no tecto flores belas, um oceano brilhante, bonequinhas de pano..


Acabaste... ficaste saciado.. deitaste ao meu lado e adormeceste.. todas as seivas a correr, adormeceste..



Os meus misteriosos olhos vazios, perturbados, dormem fingindo o sono..


Levanto-me, escrevo palavras sujas.. a fuga das nuvens brancas para o mar negro.. Escrevo com a minha tinta permanente azul..



rabisco, escrevo, rabisco novamente...nunca apago...


enrolo-me nos fios que as aranhas teceram para mim.. o silêncio é de sal e de medo...
perco-me, não morro.. apenas me perco..



Minto-te.. nunca menti, mas hoje minto-te. escrevo mentiras com sombras, mentiras, mentiras...



descalça passeio pela casa, nua e fria..


perdida jamais escondida...


Caminho pela casa... volto à cama.. tento adormecer...


Como poderei eu dormir? Como poderei estar tranquila?





Perco-me na noite jamais silenciada...




Pois, estás de volta ao meu mundo.




Lylia Violet
Aka
Eu, mesma





 faz hoje, dia 31, 2 anos que eu consegui vencer a morte e os tranquilizantes.


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Sinto te






Sinto-te perto
és ópio que percorre as veias
que enlouquece a mente e alma

sinto-te perto
mas perto não estás.

és que ópio
que [me] prende e [me]sufoca
quero [me] libertar do corpo que uso
quero apenas deambular por [teus] suspiros

ser livre como eles


Sorrio ao ver-te entrar em casa
entristeço ao ver que não vens só
Teimas em trazer prostitutas
rasgadas e vendidas ao diabo
prostitutas nojentas
e roubadas à vida

Teimas em amar-me
e fode-las como se tudo fosse normal

Escolhe
 o meu amor
  ou as noites de sexo animalesco

Escolhe!!!Raios!

Escolhe:
 Eu
  ou as prostitutas sem vida!


és quem amo
 és quem me rouba os dias ancorados no corpo
  és quem adormece a minha alma, drogando-a
com  palavras mansas.

és..


Esta noite:
Agarras-me pela cintura e meigamente me beijas.
Agilmente retiras o meu vestido de dormir..
Escorrega pelo meu corpo até cair no chão.
Pegas-me ao colo, levas-me até ao sofá.
Enquanto te beijo, tiro-te a camisa atirando-a para bem longe.
E o silêncio toma conta de nós..
Gemidos, murmuros de desejo pairam pela sala.
Adormeces.


"Estendo-me na cama e masturbo-me...
o melhor de mim que de repente chega desaparece..
o prazer de te ver com outras!
Esvazio toda a minha alma..
mas conheço-me cada vez melhor..
Perdi o controlo da minha mente, tudo se funde.
a minha lucidez, a minha razão e outras merdas quaisquer.."


Parto para longe




O acto terminava: palmas entrelaçavam-se, bravos soavam.
A sala toda era uma vibração única de entusiasmo.





Lylia Violet
Aka
Eu, mesma

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e ao anoitecer a tua pele adquire uma cor
de rubi,
um silêncio esmagador brota dos teus lábios.

dorme comigo esta noite
sei que o meu corpo
já não é o corpo esplêndido que conheceste

e tudo o que guardei dentro de mim para um dia
te oferecer
desapareceu, assim como a musicalidade dos nossos corpos
juntos ao luar naquela noite


dorme comigo esta noite
para que os segredos jamais se desvaneçam
para que a dor desapareça, por um dia que seja.

sei que os meus olhos não brilham mais,
que as minhas mãos mirraram
e que a alma desapareceu.

deixei que a chuva penetrasse os meus ossos
corroendo-os, manchando-os.
deixei que os ventos varressem a minha memória,
deixando apenas a lembrança dos teus olhos, das tuas maos, do teu sorriso

dorme comigo esta noite
apenas hoje
e parte amanhã

contemplaremos por esta noite as dunas
apagaremos as estrelas e por fim adormeceremos
juntos, abraçados, enfim sós.
ao amanhecer terei apenas a cama com a marca da tua pele
o teu calor.

a solidão arrasta-se em mim, cortante.


vem, dorme comigo esta noite




Lylia Violet
16/01/2007
 
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V





V


É provável que ainda haja cumplicidade entre o meu corpo e o teu. Em ti, desata a arder os olhos e as mãos.
    

    A luz da paixão afoga-se no silêncio. Fico especada, tolhida a um canto da casa, nem um gesto ouso fazer. Permaneço na ignorância do dia a dia.
Continuo a acreditar em cada palavra que deposito em todas as paredes nuas da cidade.

    Das minhas mãos brotam fios de luz que se transformam em lírios, cujo perfumar me faz adormecer. A memória esvazia e a noite parece durar mil anos.
 De súbito, uma dúvida sobressalta, espero pela morte ou inicio o regresso de uma mente lúcida?

O tempo pára à porta. O meu corpo começa um processo de metamorfose. Uma rosa começa por se transformar numa sombra.
 Sombra essa que os homens receiam morder. A seiva quente começa a escorrer pela língua e a tristeza coalha nos lábios.
       o coração fica sonolento e tudo parece irreal.

O ar irrespirável torna-se numa musicalidade suave. As pálperas pesadas teimam em abrir, num àpice, os dedos tacteiam o corpo dorido.
    Sinto uma urgência desesperada de me tactear, na ânsia de saber se ainda vivo.
Uma gota de noite oxida-me o olhar. Cego para o mundo mas não para o amor que me mantem quente.

Noite após noite, falo-te de um amor que me aperta a alma, mas tu não me ouves.

Tento com as forças que me restam, afastar um passado cruel. Corro para ti, mas é inútil.
    Ergue-se um muro obsessivamente branco entre nós. Eu GRITO o teu nome e tu não me ouves; São GRITOS surdos, GRITOS de desespero por te ter e tu não ouves ou finges não ouvir.

Subitamente, um comboio fantasma perfura a memória desesperada e esvazia-a por completo.
       Após o esvaziar do corpo, o sangue GRITARÁ por ti em todas as ruas da cidade , e eu, voltarei para o canto do meu quarto, onde das mãos brotam lírios que me fazem adormecer e a noite é como um amontoado de palavras em silêncio.



(continua)



Lylia Violet
Aka
Eu, mesma


 
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Meme



Foto de Cat
Modelo : Lylia Violet





Olá...
Eu sou um anjo. Mas não um anjo qualquer.
Sou um anjo feito de papel, que uma inocente criança fez com
as suas delicadas mãozinhas.
Eu não sei voar,
porque sou de papel.
Mas sei voar na imaginação da criança..
Ela brinca comigo,
trata-me com muito carinho!

Sou um anjo de papel,
mas já voei sobre as mais belas cores,
já voei no mais puros sonhos,
já mergulhei nos mais inocentes sorrisos..

Sim,
eu sou um anjo de papel,
mas para esta criança,
sou um anjo de verdade..

Agora, meu amigo que me lês,
vou voar sobre as estrelas
e depois fazer companhia á minha criança
no seu mundo de sonhos perfeitos..

Adeus e até um dia..
(Nos teus sonhos;
não tenhas medo de me deixar entrar no teu coração..)


Ass: Anjo de Papel

(*) Um "meme" é um "gen ou gene cultural" que envolve algum conhecimento que passas a outros contemporâneos ou a teus descendentes. Os memes podem ser ideias ou partes de ideias, línguas, sons, desenhos, capacidades, valores estéticos e morais, ou qualquer outra coisa que possa ser aprendida facilmente e transmitida enquanto unidade autónoma. Simplificando: é um comentário, uma frase, uma ideia que rapidamente é propagada pela Web, usualmente por meio de blogues. O neologismo "memes" foi criado por Richard Dawkins dada a sua semelhança fonética com o termo "genes".


O desafio foi me passado pelo Peter do blog http://conversasdexaxa4.blogspot.com/

Desafio a:
Todos os que me  visitam.
Deixo ao critério do leitor que me visita, seguir ou não:)

Muito obrigada ao Peter
Beijo*

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Parabéns?



Não estou bem disposta. Não, não estou.
Acordei cedo, estou a ressacar, e trabalhei até tarde.

Mas de qualquer maneira estou de parabéns, os meus pais também o estão.

Há 22 aninhos nasci eu, chata e redondita.


Enfim,
parabéns a mim:)

Como alguém me disse ontem, "Há males que vem por bem"




Será?




Beijos



Lúcia*




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Poesias








dizem que a paixão a conheceu
mas que hoje vive na sombra de uma incerteza
senta-se no estremecer do luar
e escreve a magoa que passeia em sua alma

dizem que a paixão a conheceu
num beco sem saída,
num dia de pouca luz e um frio que lhe dilacerava os lábios
conhece a solidão como a palma das suas mãos
ergue-se para o espelho e não reconhece o seu próprio rosto


sim, dizem que a paixão a conheceu
mas essa mesma paixão se foi desvanecendo
que a dor lhe foi corroendo a mente
e que o corpo deixou de existr

vive na transparencia dos sonhos
e cada dia que passa a sua pele desaparece
o seu corpo envelhece
mesmo tendo passado apenas 20 anos

ao anoitecer o seu olhar transforma-se
ama um corpo de olhos claros
quando amanhece, ela morre de novo
na ansia de sentir o amor

o silêncio é tudo o que possui ao passar lento do dia
à noite volta a vida e o brilho
mas é apenas isso que lhe resta
a espera das noites de amor
ao passar pela melancolia dos dias


a paixão a conheceu
a paixão a matou



Lylia Violet
11/01/2007


 
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IV





IV


Ansiosos por abandonar tudo o que foi construído, inúteis à sociedade escondemo-nos por entre escombros, nos barcos adormecidos à beira mar.

         Prostrada, L., pensa como gostaria de ter um gato enroscado no seu colo, que lhe dê conforto, que lhe aqueça as mãos ensanguentadas.
As noite que me enrolam nos mistérios e em sonhos alucinantes de animais indecifráveis que enchem as veias de bolor e um cheiro desagradável no corpo.

         Deitada na minha cama, observava o espelho que percorria o tecto; admirava o meu corpo, as mãos dançavam pelos membros que tão bem conhecia e o sexo queimado por seres efémeros que só buscam conforto de uma mulher desconhecida.

                   Conhecia todos os milímetros do meu corpo, mas recusara sempre a reconhecer a minha mente, a minha alma. Um obstáculo para viver.
Passava a vida apenas a sobreviver com a dor que me percorria a pele.

Aprendera a viver apenas com a noite e o silêncio do oceano. Observava o céu escuro e contava todas as estrelas. Estico as mãos e tento pegar nas estrelas… apenas consigo agarrar o vazio que completa o ciclo da minha vida.

 Devoro cigarros e tento mascarar-me com o fumo. O reflexo do passado invade o olhar vácuo e transparente. Tento sorrir, frustrada tentativa. Corro pelas ruas esguias e refugio-me em casa, trancada no quarto. Salto para a cama, repouso o saco que ossos, e penetro o olhar no espelho.

                  Estou viva.
Sinto-me, mas não me sinto.
Arranco pedaços de pele à dentada, ensanguentada percorro a casa; rasgo os livros e masturbo-me em cima deles; relembro-te, relembro-me.

 Toca o telefone. Continuo deitada. Ignoro e massacro a mente com o toque insistente.
Desistem de me ligar. Por sua vez, começam a bater à porta. Batidas leves seguidos de batidas mais forte e pesadas.
Resmungando, totalmente despida, corro escadas abaixo.

     Um rosto familiar, olhos imensos azuis, mareados de lágrimas. Abraça-me. Abraço forte e dolorosamente carinhoso.
Subimos as escadas de mãos dadas.


(continua)




Lylia Violet
Aka
Eu, Mesma

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III


 


III


O medo sossega ao cair num profundo e inacessível sono. Adormece, de repente, como se desmaiasse.
          Nu, em cima da cama, de luz acesa; observo-o.
Sem ele reparar; dorme abandonadamente.

O inverno branco queima-o. A música silenciosa vai ecoando pelas paredes. Axficiado pela loucura, ele contorce-se na cama à procura de melhor posição para estar em paz.
     Reclino-me sobre o seu corpo ausente. isolo-me na neblina que se instala no quarto, o sono vem como ferimento nas palperas.

    Roça a morte nas plantas.
vivo porque te escrevo, existe paixão pelos objectos guardados.



(continua)



Lylia Violet
Aka
eu, mesma

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II


II
Os dedos esgravatam o cal das paredes e o sangue transborda pelo chão.
    O silêncio arde por toda a casa. Nenhuma palavra é esquecida.
O dia vai afogando lentamente; a mão pousada no coração;
                                                        tem que ter a certeza que ainda vive
A tristeza coalha nos lábios, existe uma incandescência que o obriga a cerrar os olhos. A paixão que por acaso o tocou, deixou-o ferido, magoado com qualquer ser vivo que o rodeia.
    Aprendeu a esconder o que sentia. Passou a ser um rasgão na pele que deixou de doer.

Pensa: ' Será possivel um corpo ter muitos rostos? E um rosto deixar imperturbáveis marcas ao passar por inumeros corpos?'


Adormece por fim.


(continua)


             Lylia Violet
Aka
Eu, mesma


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recomeçar


Se me apagarem este blog, o inferno estará sempre à vossa porta. É uma promessa que faço:)


Bem, vamos la (re) começar mais um blog..

I

O rosto, onde vive o rosto com as suas ramificações de lodo? Absorto, talvez apaixonado, questiona se será provávell que haja cumplicidade entre um astro que se extingue e o tempo que pulsa na sua alma.
       O alcool que percorre as suas veias, apazigua todas as questões que naufragam à beira da sua mente.
Perdeu-se onde não há nomes, ficou bloqueado num mero segundo. O mar já não lhe percorre pelo corpo e nele desata a arder todas as palavras que aqui deposito.

         A sombra que acaba de morrer ainda não recomeçou a viver. Pouco a pouco, diluirá o medo sem deixar rasto

A morte, lentamente, chegou a este livro. Apesar disso, todos os dias te escrevo.


(Continua)
Lylia Violet
Aka
Eu, mesma.

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